quarta-feira, 20 de julho de 2011

No jardim

Bem-me-quer, mau-me-quer, bem-me-quer, mau-me-quer, bem-me-quer
(mentira)

Bem me quer querendo a Margarida
Essa sim, querida
Despetála-se facilmente ao acaso do amor
Essa sim, melhor que Amélia.

Bem-me-quer, mau-me-quer, bem-me-quer, mau-me-quer, mau-me-quer, mau-me-quer, mau-me-quer!

Maldita margarida!

sábado, 9 de julho de 2011

Verdades incrédulas



E o que mistério pairava sobre o planeta Terra ou sei-lá-o-quê

Era a graça toda de não saber o porquê,

Pra inventar tudo que podia, crê:


Extraterrestres, bruxas e os programas na Tv,

E não havendo, assim por dizer, ficção

Deleitava-se tendo o mundo em suas mãos.


Vivia em paisagens (hoje) chamadas etéreas,

E seu pensamento era maior que o mundo

Das passagens aéreas, arejado

Mesmo era o seu quintal,

Onde tudo vivia mais de uma vez, soprado.


O dia passava, à revelia,

E com os pés, podia

Andar nele, cabia,

Querendo crescer um instante e. Não devia.


O dia passara à revelia

E os anos passariam em certa dose de rebeldia

Até que se tornasse

Homeopática a antipatia.


E liberdade tornara-se fresta

O mundo não mais rodava, tinha aresta.

Voaria, quiçá fosse aberta a janela do avião.

Viajava (agora) sob o estigma da rotação.


Até que se entornasse o caldo

Sobre o gosto da sopa, de modo que restasse

as letrinhas-restos de verdades crédulas

Afinal, utopias não vale as cédulas

e saber disso custou-lhe os olhos da cara

(amassada como o pão do diabo)


Que não vê o Sol, nem a Lua

Nem a poesia, nua e rara.

Aquela, que ao desconhecer a teoria

se reconhece, acumula a saliva

e nas paredes do mundo - altiva -

escarra, mas escorre.


Pois é... seu mundo não lhe cabe
nem dentro do que em globo se abre.

Andar nele não podia.

Navegar ia?


Se afogar ia.

E sem mistério.