O Espírito Santo me contou que a Vitória é uma ilha.
Em regrado pecado atrevi,
Olhei nos olhos da virgem.
Fui capaz, e sem rezar, me compadeci,
Esperei por horas que
chorasse, a intocável.
Ela chorou, e de
chorar (o mundo), ela pariu!
(Incontinente!)
Seus filhos escorregaram de sua natureza,
Afoitos, sucessivos,
desprendidos, muitos!
Escorregavam como
as lágrimas primeiras
(Feras imaculadas,
o sal do céu, a terra)
Ao pé de mim, bebês de amor.
Ela riu. Eu, rio,
Ao pé de mim, bebês de amor.
Ela riu. Eu, rio,
Chorei no espanto das leis quebradas:
- Filhos da dor sem dor? -
- Filhos da dor sem dor? -
Compreendi
A santa não podia
sequer piscar,
Era Libido
e Fecundidade Total,
Engravidava do ar,
do mofo do assoalho,
Dos burburinhos, das flores: do meu olhar.
Não tinha escrúpulos a sua matéria,
Elo desregrado:
Ela.
Saí, escrupulosa, e até hoje estou ninando as feras.
Dos burburinhos, das flores: do meu olhar.
Não tinha escrúpulos a sua matéria,
Elo desregrado:
Ela.
Saí, escrupulosa, e até hoje estou ninando as feras.