sexta-feira, 10 de abril de 2009

Mecanização humana

Eis a prova.
Viva de nossa mecanização.
A mudança de rotina
Enlouquece.

Robôs.
Trei-na-dos
Para fazer tudo igual
E perfeito.

Tudo igual
Tudo igual
Igual a tudo

Inpedindo-se os erros,
Controlando-os
Por programas humanos
Desumanos.

Fios cortados.
Pane. Pa-ne.
Alguém se lembra?
PANE.

O dinheiro enobrece
O homem.
Lem-bre-se.
Tudo igual.

Alguém se lembra?
Falta óleo
Engrenagens emperradas.
Falta de energia
Persona-calorífica.

Luz...
Acende-se
Apaga-se.
Dorme. Não esquece.

Dois fios cortados.
Cabelos. Máquinas.
Cabeças lenta-men-te
Des-pa-ra-fusando-se.

Falta de energia.
O bebê.
Bebe. Toma.
Não se lembra?

Eis a prova.
De nossa mecanização
Industrial?
Humana.

E assim dá-se
corda nos brinquedos
Antes de dormir.
E os sonhos são
Livres. Internet banda-larga.

Nem eles.
O bebê!
Onde?

Vá. Engula os sapos.
Todos.
E veja só as moscas acumuladas
Ao-seu-redor.

Sentimentos escolhidos a dedo...
Tudo natural...
Ser inatural.
A mentira é que é
A grande verdade

O bebê morre.
Ei...
Erro ao executar o programa.
Documento decsonhecido.

Logof

Fios cortados.
Preconceitos cortados.

O mundo te diz não.
Volte a jogar,
Ou será excluído.

12/04/07 (Talitha Borges)

Nenhum comentário: