Num imenso cubículo
Mal iluminado pela iluminação excessiva
Encontra-se, enfim
O paraíso mitológico
Das marcas e renomes.
Em meio a imensos cabides
Pendurados em grandes orelhas
De moda universal,
Rotacionada estou por etiquetas amarelas.
Piscantes e redondas.
Labirinto democrático.
Desde que haja crédito.
Desde que haja fragilidades a serem
Oprimidas
em suaves comprimidos de grife.
Onde sempre é dia
Mesmo em noites de lua
Cheia-minguante.
E sorrisos são desembrulhados
Dentro de de refrigerantes refrescantes
Por estômagos embrulhados
E o Ronald
Sempre contente
Sorri. Ele não te escova os dentes.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
Abrupto
Não me acostumo com coisas abruptas. Melhor mesmo são os processos contínuos e constantes, em banho-maria... Sorvendo vagarosamente os prazeres, sem deixá-los esfriar... Como linha contínua, não-tracejada, que se afina e embranquece lenta e gradualmente, como natural, sem nuances bruscas tropeçantes... 24 horas mínimas e que seja enfim o segundo existente... Não questiono a efemeridade dos momentos: é necessário acabá-lo para renová-los, então. Mas não gosto de cortes a navalhas ou a despertadores.
São particularmente detestáveis as despedidas abruptas. Após o encontro com alguém querido, a gente sabe: teríamos assunto para uma eternidade e meia! No entanto, para algum lugar nos chama a referida responsabilidade, ou o horário do último trem nos grita como se ainda tivesse apito... e então começa o processo onde não se sabe se despede-se ou termina-se a apetitosa conversa: surge um sutil desespero, mínimo, impossível de se ver a olho nu, juntamente com certa ansiedade... E lá vem o trem... com escadas rolantes desligadas, dificultando a agilidade do momento...
E no ecstase de uma descoberta psicológica capaz de mudar a rotação terrestre: ESTAÇÃO-SANTA-CECÍLIA-DESEMBARQUE-PELO-LADO-ESQUERDO.
São particularmente detestáveis as despedidas abruptas. Após o encontro com alguém querido, a gente sabe: teríamos assunto para uma eternidade e meia! No entanto, para algum lugar nos chama a referida responsabilidade, ou o horário do último trem nos grita como se ainda tivesse apito... e então começa o processo onde não se sabe se despede-se ou termina-se a apetitosa conversa: surge um sutil desespero, mínimo, impossível de se ver a olho nu, juntamente com certa ansiedade... E lá vem o trem... com escadas rolantes desligadas, dificultando a agilidade do momento...
E no ecstase de uma descoberta psicológica capaz de mudar a rotação terrestre: ESTAÇÃO-SANTA-CECÍLIA-DESEMBARQUE-PELO-LADO-ESQUERDO.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Garimpo
Numa imensidão de cristais d'água,
Canta cócegas na planta dos pés,
Nus como a alma!
Um sorriso fino como areia,
Castelinhos imperfeitos,
Gigantes aos meus olhos,
A ilusão perfeita.
Em meio a uma cachoeira de mercúrio
Caiu-me esse cisco no olho:
Vou morrer brilhando,
Envolvida nesse ouro impuro, que é você.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Utopia
Quem me dera ao menos uma vez, que o mais simples fosse visto como o mais importante.
Renato russo.
Renato russo.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
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