terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Não sobre o amor




Andará por onde as lembranças suas?

Provavelmente, não andarão nuas,

Se assim estivessem não seria procura.



Andará por onde o momento em que perdi?

Impossível para quem se perdeu na personalidade alheia.

Talvez no dia em que chamei  lágrima de areia.



Desmemoriada de sonhos memoráveis que

Só dormindo de medo da mesmice mesmo.

Sabe que a falta de memória não é falta

É excesso e vivo exagerado.



É provável que entre a milésima gota de saliva

Trocada e destroncada suavemente e ácida

Tenha me corroído algum ligamento nervoso

Que me fez correr.



Hein?



De quarentena desmemoriada tento

Ser quem sabe, um pouco menos - atento

Até virar quarentona desatenta

Sem saber.



Então lembrarei.



Então lembrarei.

Um comentário:

Lucas Alves Ferreira disse...

Alguns dos quarentões mais inspiradores são mesmo desatentos...