O artista e sua máscara
de super-poderes
ultrasônicos
e catárticos.
Subterfúgio do limite...
Brincar de faz-de-conta
que conta que é
e desponta!
E com inveja do gato:
Sete mil vidas, pois sim!
E com a fome do rato:
Queijo sem faca , pois sim!
O artista e sua máscara
carnavalesca
Alma mergulhada em confetes
num sopro:
Canções de mamãe eu quero.
Intercalando quartas-feiras de cinzas
e serpentinas
não-venenosas.
Renascem nessa repetição.
Passaporte para as mil e uma noites... lhe darão
Bem-dormidas
Mastigadas e
Digeridas.
Passaportes concedidos com perdão
pelos canais cerebrais
ressentidos pela razão.
A alegria de sumir
e assumir com más-caras:
Carrasco, pastor e poeta
Apenas mudando a cor
do laço de fita.
Subterfúgio do limite...
Brincar de faz-de-conta
que conta que é
e desmonta.
Já são três da manhã
e sono envia o seu chamado
Lápis, tecidos e pele
Jogados ao lado
Mãos colantes de gesso
Tornando-me o rosto espesso...
Deitar assim mesmo vou
Mereço
Deixarei os movimentos espalhados
Amanhã acordarei com outro lado.