quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Máscaras

O artista e sua máscara
de super-poderes
ultrasônicos
e catárticos.

Subterfúgio do limite... 
Brincar de faz-de-conta
que conta que é
e desponta!

E com inveja do gato:
Sete mil vidas, pois sim!
E com a fome do rato:
Queijo sem faca , pois sim!

O artista e sua máscara
carnavalesca
Alma mergulhada em confetes
num sopro:

Canções de mamãe eu quero.

Intercalando quartas-feiras de cinzas
e serpentinas
não-venenosas.
Renascem nessa repetição.

Passaporte para as mil e uma noites... lhe darão
Bem-dormidas
Mastigadas e
Digeridas.

Passaportes concedidos com perdão
pelos canais cerebrais
ressentidos pela razão.

A alegria de sumir
e assumir com más-caras:

Carrasco, pastor e poeta
Apenas mudando a cor
do laço de fita.

Subterfúgio do limite...
Brincar de faz-de-conta
que conta que é
e desmonta.

Já são três da manhã
e sono envia o seu chamado
Lápis, tecidos e pele

Jogados ao lado

Mãos colantes de gesso
Tornando-me o rosto espesso...

Deitar assim mesmo vou
Mereço
Deixarei os movimentos espalhados
Amanhã acordarei com outro lado.

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