quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Água - viva

Enche
enchente
encher
o céu
cedeu
cedo
o suor
saiu
e soube
voltar
a ser
o que
sempre
Foi
                     Gabriel Moraes.



Glub - Glub 

Glub - glub...
diz o peixe
e enfim o paulistano
de água doce - 

              Nem tanto.

Rios-marginais
a vagar entre rodas
cálidas e descalibradas
glub - glub...


Que sertão vai virar mar o quê!


Borbulham num instante
outdors de chamamento
a cursos natatórios:
GLU-GLUB ITINERANTE.


A menina no carro chora
ao ver seu sonho afundar 
Glub - glub...


- Vê se pára menina!
De com mais gotas colaborar!


- Olha o guarda-chuva!
Cinco reais! Baratinho minha gente!
Vem acoplado com caixa
de armazenamento inteligente!


Vem - pra - cai - xa - vo - cê - tam - bém!
- Glup!


São Pedro, já com certos males
da idade
não aceitou  tal preceito  dito
na modernidade:


Apenas dois litros por dia!
Bendita santidade!


Navegar é preciso,
                            Viver não...

Já dizia o poeta na areia
de congestionamentos em vãos
de fumaça.


Navegaremos então...
Solucionando literalmente o problema
Transformando-o em solução...


                                             Glub - glub...


 

 

Um comentário:

Lucas Alves Ferreira disse...

A DO REI.

Várias associações inteligentes e provocativas.