Que escorre pelas saias
Mesmo que as amarre
Em um nó de figa.
O maior será o que transpor
Paredes e tecidos e tecidos e tecidos
Celulares após recriar as regras seculares
Da flor.
Há que se cobrir de silêncio o grito
Do diálogo universal dos corpos
Epiteliais e nervosos e sãos que são
A dança de dentro para dentro do outro.
Na intenção momentânea de unificação, para que haja
Mais espaço no mundo – plano ineficiente. (Deus
nos enganou)
Que se derretam ao encontro firme e macio,
E se desaguam sempre consumindo
os próprios líquidos que choram por outros olhos
A consumação da realidade que é esta e máxima
Um alimentar-se da sopa do suor do outro – salínico
E das proteínas e lipídios do outro – que é doce.
Na repetição das ondas incansáveis,
Que vagam, divagam, vagam e divagam, vagam, divagam
Eternas e sôfregas na
ida
Eternas e diluídas na volta.
Resfolegando oxigênio pelo espaço deixado pela língua
De um só fôlego: o mundo dos canais abertos pela força
De um mar.
Que gentileza: morrer afogado e voltar a respirar pelos olhos de um recém-nascido.
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