As ruas cheias e breves, como a vida, e eu comovida:
O silêncio das lantejoulas,
o equilíbrio dos bêbados,
a aproximação do desconhecido,
a música do esquecimento,
a suspensão da ordem,
as mulheres: homens da subversão.
Chovia, chovia, e como a chuva selecionava os participantes da festa, eu ria como um rio
de renúncia e segredo, urinando em pé em meio à tempestade,
a chuva denunciava a nudez por debaixo das roupas, sim, a carne da normalidade!
eu via, e como via: lá estavam nos blocos do concreto as fantasias de coragem!
Eu atirava e os policiais do medo abraçavam-me pedindo liberdade e perdão, folião,
ferida na boca calada da noite, sorrisos largos como ventres armados, mata e condensa, tira!
Caída no chão da vida que era avenida, ninguém veio me socorrer, e era doce a gentileza de deixar passar.
Serpentina, repentina.
Que rua é esta que nunca entrei? Todo esse tempo a pulei e agora pulando encontrei?
Caída no chão da vida que era avenida, ninguém veio me socorrer, e era doce a gentileza de deixar passar.
Serpentina, repentina.
Que rua é esta que nunca entrei? Todo esse tempo a pulei e agora pulando encontrei?
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