segunda-feira, 1 de abril de 2019




(O estigma é o risco da palavra.)

O gosto do enigma
mora na ponta da língua,
e aprecio
sem lamber o papel,

Sem me descompor.

Componho e acompanho,
sem enlouquecer.

Escrevo a palavra água,
sem molhar as mãos.

Escrevo beijo,
e ainda durmo à noite.

Que graça,

lamber

o estigma é o risco da palavra.













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