Em memória
O peso do pássaro morto pousou
como uma pedra no chão,
e meu olhar era a sua lápide,
lépida que foi parada.
E tudo havia sido!
Eu que antes passava sem parar,
parte por partir, sem disfarçar olhei
a leveza no chão, consentida de tempo
e véu e fim dos confins!
Muitos dias lá eu passei, e deixei de passar,
de cabelos ao vento, os olhos no chão
daquele rebento que a morte deixou
ou levou.
Quando levantei os olhos e desde então,
quando lá eu passo o peso .
daquele pássaro paira no ar.
(in memoriam)
E lá se vai.
E lá se foi!
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