terça-feira, 4 de agosto de 2009

Armadilha

Desejo de unir quatro pontas,
onde a cerveja já não tem mais gosto,
onde ter a visão turva
fica sem Sentido.

Abrindo o guarda-chuva
duvidando dos céus a queda.
A sede insubstituível:
que venha mesmo já quente.

Nenhum medo, de repente
Nem arrependimento.
Apenas a dolorida certeza
de ter sido o suficiente.

Quadrilha sensível ao toque
da pele.
das almas.
dos cigarros embriagados
pela nossa presença.

Que dançou até o fim
num vai-e-vem ritmado
a risos e bocejos:
Entre lápis e lençóis
jamais descansados.

Entre lágrimas e sofás
jamais desbotados.
Entre cartas e gatos
jamais recatados.

Entre gritos e cochichos
jamais abafados.
Entre sentimentos
um tanto o quanto afetados.

Unidos pelas mãos.
Afastados pelos pés.
Dificultados pela nova trilha.
Insubstituíveis que são
tendo a saudade como minha armadilha.

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