terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quiromancia

Sob a palma da mão quente,
Deslizo-me inteira
Num simples tocar de polegares.
Supresa por assim estarem
Tanto tempo ausentes.

Chama de vida:
Ora fogueira ardente,
Ora brasas de sarau
Calores que avermelham a face,
Colorindo a visão esverdeada.

Minhocas coloridas
Nele brotam como pensamento
Umas obstruindo orelhas e olhos:
Hálito distante
de uma conversa dolorida.

Outras
Enrolam-se por entre dedos e braços
Desfazendo-se em fitas
e perigosas impressões manuscritas.

E por fim há aquelas
Que puxando-o delicadamente
Pelos calcanhares...
Levando-o a escalar prédios
De até mil andares.

Entre elas
Lá estou.
Benditos sejam
Oh! Polegares!

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