Sob a palma da mão quente,
Deslizo-me inteira
Num simples tocar de polegares.
Supresa por assim estarem
Tanto tempo ausentes.
Chama de vida:
Ora fogueira ardente,
Ora brasas de sarau
Calores que avermelham a face,
Colorindo a visão esverdeada.
Minhocas coloridas
Nele brotam como pensamento
Umas obstruindo orelhas e olhos:
Hálito distante
de uma conversa dolorida.
Outras
Enrolam-se por entre dedos e braços
Desfazendo-se em fitas
e perigosas impressões manuscritas.
E por fim há aquelas
Que puxando-o delicadamente
Pelos calcanhares...
Levando-o a escalar prédios
De até mil andares.
Entre elas
Lá estou.
Benditos sejam
Oh! Polegares!
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