Dolorida felicidade de lembrar,
Colorido adjetivo de se usar
Ah! Sempre uso...
Lápis aquarelas para molhar:
União de roupas boa de adormecer
Um estremecer de corpos ao entardecer
As costas das mãos a agradecer
Ai, que pressa de anoitecer!
Será que vai vir?
Ondas de um violino a tremeluzir...
Escute.
Desconhecendo o que é reagir...
Sinta o mel
Já não há mais só pulsar
no pulso e o que há?
Impulsos
de um pincel.
terça-feira, 27 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
De esquina
Um pedido.
A tudo o que aspiramos ser.
Uma dose.
De tudo que chegamos a ser.
Um brinde.
Por tudo que somos mas não conseguimos ver.
Mais gelo.
A diluir tudo que podemos crer.
Outra rodada.
Afinal também precisamos amanhecer.
Ou não.
sábado, 24 de abril de 2010
O soneto de uma eterna procura
de Lucas Alves
A patologia é o que move o mundo
O sentimento de falta impulsiona
O ser humano a explorar seu fundo
E quanto mais busca, menos funciona
Nessa busca o ser se torna rotundo
Fica esférico, reconhece a si
Percebe-se reto e cai em desbundo
Fica Baco como se o mundo risse
Depois do bacanal o ser se acalma
Sereniza, reflete novamente
Olha o mundo como fosse sua palma
Sente-se inserido, informação quente
Não está completo, mas está com alma
A patologia é o que move a gente
terça-feira, 20 de abril de 2010
Poema de cristal
Pequeninos sapatos
jo gad os
esquentando o chão suavemente
num sol colhido à noite
como um buquêt.
Sapatinhos
quase
de cristal a latejar
nos olhos
quando do sonho acordar...
Agora ainda é possível
seguir seu rastro o o
caminhada derretida...
de um solado quente.
A menina dorme
e sorri.
Toda ela flores.
Toda ela abóbora.
jo gad os
esquentando o chão suavemente
num sol colhido à noite
como um buquêt.
Sapatinhos
quase
de cristal a latejar
nos olhos
quando do sonho acordar...
Agora ainda é possível
seguir seu rastro o o
caminhada derretida...
de um solado quente.
A menina dorme
e sorri.
Toda ela flores.
Toda ela abóbora.
domingo, 11 de abril de 2010
Divagações de uma principiante (Depoimento)
"1º dia na Unicamp...
Não tenho onde morar
Estou com fome
Estou com sede
Estou com vontade de fazer xixi
Se chover estou ferrada
Já perdi a conta de quantas vezes eu já molhei meu tênis: ele está fedendo à cachorro molhado...eu toda estou, eu acho...
Nossa, eu paguei o maior mico na "aula" hoje, tá bom que não era aula, mas não sei se isso piora ou melhora a situação... só português... Puts, tenho que dar um jeito de aprender inglês... se não vou ter muitos problemas...
Ai Ai... Espero que minha mãe não fique com raiva por eu ter esquecido o celular... pelo menos não com muita raiva.
Se ao menos eu tivesse com meu livro a hora iria passar rapidinho, iria voar, decolar! Eu adoro ler, estou me sentindo um peixe fora d'água. Universidade é um porre, tipo, eu queria algo mais sério, tipo como meu professor de matemática falou, com pessoas mais compromissadas e tal... espero que essa minha "burrice" em inglês não me prejudique muito. Quer saber: não vou ficar correndo atrés de minguém não... eu estou escutando o meu celular avisar que tem ligações perdidas... puts... minha mãe deve estar com muita raiva...
Tomara que dê tudo certo lá na SAE... tô com medo de eles implicarem com a renda dos meus pais...
Que merda... meus pais não são ricos, poxa! Ai meu Deus! Eu devia ter pego o celular, espero que a Carina* chegue logo. Pior é que eu sei que ela não vai chegar logo... Mas então alguma das garotas que moram aqui...sei lá, ou alguém chegue e arrombe a porta simplesmente! Mas esté muito ruim ficar aqui fora sentada com vontade de fazer xixi - sempre que fico sentada no chão me dá vontade de ir ao banheiro, pior quando é vontade de fazer cocô - poxa, se o pessoal do SAE encrencar eu tô ferrada! Será que eles vão lá em casa??
MEU BUMBUM ESTÁ DOENDO!
O pessoal de história é muito louco! Será que todos eles sabem inglês e francês? Acho que pelo menos inglês. Que merda!
Será que daqui a anos, quando eu estiver formada, vou dar risada desta minha situação horrorosa (que falta de criatividade, ou melhor, de vocabulário! Não consigo pensar em nenhum adjetivo melhor para descrever minha situação...).
Poxa vida, não consigo me lembrar do nome da garota de ciências biológicas que me ajudou... e ela parecia ser tão legal. Bom, prestativa pelo menos era: Se não não teria se movido até a Administração para me mostrar a lista.
O-que-se-rá-que-o-Bru-no*-es-tá-fa-zen-do-a-go-ra-? Não posso ficar presa ao Bruno, afinal ele é IE e eu sou IFCH. Me dá um I, me dá um F, me dá um C, me dá um H, me dá um beck! (ai, como é que se escreve essa bosta?)
Meu, cadê a Carinaaa*? Que horas são, por favor??? Até a droga do meu relógio tá lá drent dentro? - nossa, se liga no que eu quase escrevi! Credo, no curso superior e ainda escrevendo coisas do tipo... que vergonha...
Tá legal, eu não tenho mais o que escrecer... será que amanhã será tão animado quanto hoje? Como será a minha entrevista de amanhã? ........... AI! Ainda falta o meu CPF!
Meu Deus que horas são?
Pelo menos abriu um solzinho
Será que vai demorar muito ainda?
Acho que sim."
Sara*
_________________________________________________________________________________*Nomes fictícios
sexta-feira, 2 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Nuvem
A tua poesia não existe.
Foi um pico de imaginação ociosa
durante um vôo fundo qualquer
no seu prato raso.
A tua poesia é duvidosa.
De todo um paraíso só aprecia maçãs!
E proclama direitos
aos brados por ela
Tamanha a importância de uma costela...
A tua poesia insiste.
Sem complacência se apresenta
senta,
esquenta
a cama e
sai fria
Sem bilhete.
À tua poesia ninguém lê.
Só eu
Lírico, sabe?
Imaginação cativa...
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