Tenho a experiência anterior à ela mesma.
Uma experiência medrosa de tão certa,
De tamanha intuição reveladora -
E sem tempo.
Antes de viver pressinto-a
Caminhando pela penumbra,
Olhando através da janela,
- Como o vento -
Soprando as portas e assobiando canções
De despertar, a me preparar -
Eu que chego atrasada, mas chego
Para a novidade
Que não mergulha de uma vez.
Sente as gotas nascentes e neste momento
Reconhece o rio.
E vivo tudo antes, encantada e segura,
Como se as experiências estivessem no DNA,
Demoradas manifestações oprimidas
Pelo espaço.
Paciente espero a vez de cada uma,
Tocando-as em potências de ultra-imaginação
De uma morosidade de observador
Que sempre vive além de si.
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